Sempre me imaginei mãe de meninas. Sempre tive uma natural queda por meninas, por vestidinhos, por (muita) opção de escolha de vestuário nas montras, por cabelos compridos, por acessórios e tudo o que envolve coisas "abonecadas".
Depois do Afonso (e imagino que aconteça a muitas mães) a perspectiva mudou. Vejo-me uma completa mãe de meninos. E, no meu caso, com tudo a que tenho direito como tal.
Ser mãe de meninos é ter ginásio gratuito todos os dias, é fazer cardio porque ele está a saltar no sofá e a 2mm de cair de cabeça e o desafio é apanhá-lo antes de acontecer, é levantar peso de 14kg porque há uma paixão louca pelo colo da mamã, é treino abdominal porque ele adora saltar para o colo da mamã.
Ser mãe de meninos é descobrir uma energia característica da própria natureza do sexo masculino, inesgotável. É aprender a loucura por carrinhos, por camiões, por autocarros e por aviões. É ver como uma queda e umas feridas nos joelhos e nas mãos passam num minuto porque o beijinho da mamã (e a pressa para continuar a brincadeira) cura tudo.
Apesar de nos últimos 2 anos não ter conseguido (muitas vezes) um minuto de descanso (físico e do coração), passei a amar ser mãe de meninos. Nem me vejo como outra coisa.